As segundas negociações de paz entre a Tailândia e o grupo rebelde BRN começam hoje sob uma estrela infeliz. O BRN postou um videoclipe no YouTube com cinco demandas. A caracterização dos tailandeses como “imperialistas” caiu mal, tal como a exigência de melhorar o papel da Malásia de “facilitador” para “mediador”.

No clipe, falam o líder da delegação do BRN, Hassan Taib e Abdul Karim Khalib. Khalib é responsável pelos assuntos políticos do BRN em Pattani e quatro distritos em Songkhla e é o chefe da Permuda, a ala jovem do Runda Kampulan Kecil, outro grupo rebelde. Há um mandado de prisão contra ele. Ele estaria escondido em Kelantan, na Malásia, mas participou das primeiras negociações de paz em março.

O videoclipe termina com a promessa de acabar com a "dominação colonial e a opressão de Patani Malay". Patani é a palavra que os insurgentes usam para designar as quatro províncias mais ao sul da Tailândia.

O líder da delegação tailandesa, Paradorn Pattanatabut, secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional, considera as cinco exigências “difíceis de aceitar”. Se o BRN persistir, a iniciativa de paz será interrompida. "Vou perguntar a Hassan se ele realmente quis dizer o que disse [no vídeo]." Paradorn considera a exigência de dar à Malásia um papel mais importante um conflito com os acordos feitos em Fevereiro. Também foi acordado naquela altura que as conversações seriam realizadas de acordo com a constituição tailandesa.

Uma fonte próxima das negociações questiona se Taib poderá querer retirar-se das conversações de paz porque a violência continua no Sul. O diretor do Centro de Administração das Províncias da Fronteira Sul acredita que o vídeo visa principalmente os militantes no terreno e visa pôr fim aos rumores de que ele foi forçado [pela Tailândia] a manter as conversações.

Thaworn Senneam, vice-líder do Partido Democrata, da oposição, chama Paradorn de “um tolo”. «O governo está agora a ser pressionado para seguir a sintonia do BRN. Se o governo quiser continuar, terá que mudar a sua estratégia. Não estou propondo que abandonemos o diálogo, mas precisamos de uma nova estratégia.”

(Fonte: Bangkok Post, 29 de abril de 2013)

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